A morte não é o fim: o que vem depois que os olhos se fecham
A morte não é o fim: o que vem depois que os olhos se fecham
Uma das grandes perguntas que ainda não se tem resposta é: o que acontece depois que morremos? Embora não exista um consenso, as religiões trazem diferentes caminhos do que acontece depois.
Por Gabrielle Rodrigues
Uma das grandes perguntas que ainda não se tem resposta é: o que acontece depois que morremos? Embora não exista um consenso, as religiões trazem diferentes caminhos do que acontece depois.
27/11/2020
Por Gabrielle Rodrigues
27/11/2020
Afrofuturismo: Recriando conceitos pela ótica negra
A mudança do futuro para mudar um passado eurocentrista
Por Thais Santos
27/11/2020
Você sabe ou já ouviu falar sobre o movimento cultural intitulado afrofuturismo? Misturando elementos tecnológicos e futurísticos com ancestralidade, esse conceito pode ser utilizado na música, moda, artes plásticas e cinematográficas, é o encontro entre o resgate da mitologia africana com a ciência.
Surgido na década de sessenta nos Estados Unidos, só ganhou força a partir dos anos noventa, com o objetivo de tirar a lente do eurocentrismo e apresentar questionamentos importantes sobre histórias que, sempre foram apresentadas com o protagonismo branco.
O afrofuturismo traz uma reflexão sobre a problemática do branco criador, descobridor e herói, e traz perspectivas do ponto de vista negro, e utiliza da arte para trazer o protagonismo e representatividade negra.
A narrativa onde apenas heróis brancos existem ficou para trás, no mainstream, filmes ‘blockbuster’ como “Pantera Negra’’ de 2018, foram responsáveis por apresentar o afrofuturismo para a nova geração, que, pela primeira vez, pôde se sentir representada ao ver um herói negro com trajes tecnológicos nas telonas.

O herói T’challa com seu traje tecnológico feito de vibranium. Foto: Cena do filme Pantera Negra, 2018/Reprodução.
É importante ressaltar que o afrofuturismo não se trata apenas de colocar o negro como protagonista, mas sim, recontar histórias enaltecendo o poder e a genialidade do povo preto, de tal maneira que quebre estereótipos e preconceitos, foi o que fez a cantora Beyoncé, no seu último álbum visual, o “Black is King’’, que narra histórias da diáspora africana de maneira majestosa.

A cantora Beyoncé em cena no seu álbum visual Black is King, 2020. Foto: Instagram — @DisneyPlus/Reprodução.
Em um mundo onde negam a contribuição africana para o desenvolvimento da ciência através dos séculos, o afrofuturismo quebra qualquer falácia do preconceito, com sua proposta de narrativas afro-inspiradoras mostra o quão necessário é imaginar a ciência a partir da visão negra. Em Lovecraft Country, série da HBO lançada em 2020, os contos assustadores de H. P. Lovecraft são recontados a partir da visão afro-americana da década de 50, e tem como premissa a ciência desenvolvida por negros. Com viagens no tempo, universos alternativos e espaçonaves, a série reconta diversas narrativas antes protagonizadas apenas por pessoas brancas.

Os personagens George e Hippolyta Freeman em uma viagem ao espaço. Foto: Cena da série Lovecraft Country/Reprodução.
Numa sociedade estruturada pelo racismo, o afrofuturismo torna o sujeito negro como o centro do universo, e, apesar das fantasias, ficção científica e experimentação, as obras do afrofuturismo possuem o papel fundamental de reorientar os negros na criação do próprio futuro, através da sua própria ótica, deixando assim, de ver o universo com o olhar dos algozes da história.